sábado, 17 de abril de 2010

Peace Psychology ao Serviço da Paz

Articulando o conflito no Darfur com conceitos teóricos no sentido de esclarecer os primcipais acontecimentos, vamos introduzir informações conceptuais do foro psicológico.
A Psicologia estuda o comportamento humano e, se a guerra, o terrorismo, o genocídio, etc, são comportamentos humanos e se são aprendidos, podem ser controlados e modificados pelas pessoas, logo os comportamentos de paz podem ser aprendidos.
Então, a promoção de paz passa, não só por findar a guerra, mas também por recuperar a sociedade, através de mecanismos de resolução e cessar da violência estrutural.
Galtung distinguiu paz negativa de paz positiva, em que a primeira é a ausência de guerra e a segunda ausência de guerra, violência e violência estrutural.
Violência estrutural constitui um atentado à justiça social e direitos humanos. Extrapolando estes dados para o conflito sudanês vemos que o findar recente da guerra não significa a restauração da paz. A violência estrutural ou paz negativa continua a existir. A discriminação e violência entre os diferentes grupos em questão vão permanecer como prolongamento das diferenças que levaram à guerra, por exemplo.
Para a resolução deste problema existem mecanismos e um deles é a compreensão da sociedade.
Relativamente ao terrorismo propagado no Darfur vemos que o seu autor foi o Estado. E sim, o Estado pode ser autor de terrorismo, embora alguns autores da Peace Psychology não o considerem.
O terrorismo de estado pode ser cometido de duas formas: indirectamente, quando apoia grupos terroristas, ou directamente, quando é o próprio estado que comete.
O terrorismo funciona com a lógica da propagação do terror e, quem o leva a cabo, fá-lo para ganhar poder sobre qualquer coisa.
Os seus princípios subjacentes são passar uma mensagem e ganhar poder.
No caso em questão, vemos que o Governo, embora o negue, apoia as Janjawid e o seu objectivo era acabar com as etnias diferentes da sua, levando ao genocídio.
Então, de acordo com a definição, os seus objectivos eram da ordem do emocional e instrumental (punição, político e militar).
Outro dado imporante que se tira destes factos é que o terrorismo, quando provocado, é intencional, porque tem um fim, logo, é um acto racional.

1 comentário:

  1. A compreensão do outro, o respeito pelo outro, pelos seus direitos, pela sua individualidade, pela sua existência. Esperemos que os Governos comecem a pensar no que podem ganhar, não só em termos materiais, mas em vidas que podem ser poupadas quando a promoção da paz é um bem de ordem maior!!!

    Bom trabalho, gostámos de vos ler!!!

    ResponderEliminar